Dream!

E essa noite eu sonhei com você. Sonhei que éramos felizes de novo, que você ainda me amava e que eu era única em sua vida. Sonhei que você me abraçava, olhava nos meus olhos e dizia o quão linda eu estava; que sorria para mim e me fazia rir. Sonhei com nós dois! Era uma tarde perfeita, o crepúsculo começava a surgir, o sol ia aos poucos se pondo, estava uma tarde gostosa, não fazia nem frio, nem calor. Estávamos sozinhos em uma praça, apenas com um vendedor de pipocas e algodão doce e algumas crianças brincando por perto, era um cenário perfeito. Você me deu colo, bagunçou meu cabelo, mesmo eu sempre brigando quando fazia isso, me fez cócegas. Comecei a revidar, nós dois caímos no chão e rolamos como duas crianças, era evidente que ele estava ganhando, ele era bem mais forte do que eu, mas de repente eu comecei a ganhar, é óbvio que ele estava perdendo de propósito, mas não me importei, estava tão bom aquele momento...

Então, você parou e começou a me observar com aquele ar de brincadeira e aquele sorriso torto que só você sabe dar, entrando na brincadeira, eu perguntei se tinha alguma coisa errada comigo, mexendo teatralmente nos meus cabelos. Você não disse nada, apenas sorriu, e o meu coração começou a acelerar, você sabe que eu nunca fui boa em controlar meus batimentos quando você estava por perto, não sabe? Então, você continuou me olhando, daquele mesmo jeito que um dia me olhou, e então passava as mãos pelo meu cabelo e descia suavemente até a minha cintura, puxando-me para mais perto e então me beijava, era doce, tranquilo, mas o ritmo ia mudando aos poucos, agora começava aqueles beijos de cinema, que você sabe que eu tanto gosto, com vontade, como se fosse a última vez que fôssemos fazer aquilo.  Eu poderia passar dias fazendo aquilo e não me cansaria nunca... Aos poucos você foi me largando, me abriu um largo sorriso e disse mais uma vez que me amava,  foi ai que o sonho começou a acabar, você foi aos poucos desaparecendo, e eu me vi, sozinha na minha cama, chorando! Essas lágrimas não eram de tristeza não, eram de alegria, por poder  nem que fosse por pouquíssimo tempo reviver aquilo tudo.
Suspirei, essa não era nem de longe a primeira vez que isso acontecia e mesmo assim meu coração não tinha aprendido, continuava com aquela mania boba de acelerar.