Fio Vermelho

Olá gente, estava fuçando aqui no meu notebook e achei uma história que eu e minha amiga (Ana Paula) fizemos no 1° ano do ensino médio (2011). E queria compartilhá-la com vocês.
É uma história de amorzinho, entre Ben a Amanda. O famoso menino popular da escola, craque do time de basquete e a menina nova com grandes olhos azuis. Quem quiser fique a vontade para ler, está aqui.
Ah, e ainda não está completa, pretendo terminar de escrevê-la, por causa dos estudos e tudo mais nós paramos de escrever, mas voltarei a me dedicar à essa história.
O nome é Fio Vermelho, por causa de uma lenda que diz que todos são predestinados a alguém, e esse alguém está amarrado a um fio vermelho invisível que une essas duas pessoas, e Ben e Amanda são definitivamente predestinados, embora sempre há algo para atrapalhar...



 Fio Vermelho - Vanessa Karine Pereira e Ana Paula de Simoni


Capítulo 1

               Era apenas mais um normal dia que se iniciava, estava no segundo ano do ensino médio, aquilo era realmente entediante, todas aquelas mesma coisas chatas de sempre. - "Mais um longo dia de aula", pensei.
Me levante, tomei rapidamente um banho, troquei-me e desci a fim de comer algo antes de sair.
               - Bom dia - disse à minha mãe, que estava tomando café com bolachas.
               - Bom dia - Me respondeu sorrindo.
               Bebi leite direto da caixa e comi qualquer coisa que encontrei pela frente, pelo sabor, devia ser algum tipo de doce, mas não parei para ver o que realmente era.
               -Tchau mãe, estou indo - falei pegando minhas chaves que estavam sobre a mesa e minha mochila.
               -Tchau Ben, boa aula - ela me desejou.
               Minha família era realmente muito boa, gostava muito de todos eles, meu pai, que já havia saído a algum tempo para trabalhar, minha irmã mais nova, que brincava com uma amiguinha, e minha mãe, sempre muito prestativa e atenciosa com todos.
               Sorri e fui para a porta
                “Mais um ano letivo se inicia, será que terá algo novo naquele colégio?" Pensei, respirando fundo. - Mal sabia eu que realmente teria, seria algo que mudaria minha vida para sempre.
               O tempo estava maravilhoso, o céu estava em um azul perfeito e o sol irradiava fortemente.
               Fui caminhando para o colégio, que não ficava muito longe de minha casa. Chegando lá, encontrei dois amigos, Mike e Luan.
               - Eai gente- cumprimentei ambos.
               - Ah Ben, finalmente chegou, como foi suas férias? - Quis saber Mike.
               -Mesma coisa de sempre- respondi
               Nós três nos entreolhamos e falamos juntos:
               - Basquete, basquete e basquete!
                Estávamos rindo disso quando o sinal tocou, respirei fundo e caminhamos para a sala.
                Não sabia por que, mas eu era bem popular na escola, talvez pelo fato de jogar basquete no time dela, ou sei lá porque, só sei que todos estavam tentando sentar perto de mim - "inútil", pensei, balançando a cabeça.
                Quando a professora entrou para a primeira aula, meu único pensamento foi "Ótimo, para começar bem o dia, temos aqui biologia". Como eu odiava aquela matéria.
                Ela começou a fazer a chamada e gritou por um nome que eu nunca tinha ouvido, não pelo menos em minha sala de aula, Amanda, ela chamou três vezes, mas ninguém respondeu.
                -Bom, então a nova aluna faltou no primeiro dia de aula, que pena - disse a professora.
                -Oba! Temos uma menina nova na sala, será que ela é bonitinha? - disse Luan rindo.
                Revirei os olhos como se o seu comentário fosse fútil e respondi a chamada.
                As aulas passaram demoradamente, já cansado no primeiro dia, tinha certeza de que nada mudaria, as aulas continuaria sendo entediante até o resto do ano, como sempre foram.
                Finalmente tocou o sinal para irmos embora. Despedi-me de meus amigos e sai, caminhando em direção à porta.
                Quando eu vi...
                Uma menina, magra, com o cabelo extremamente preto e brilhante, um rosto muito bonito, nunca tinha visto tão lindo como este, ela parecia estar com problemas, chorava desesperadamente e à sua frente, estavam três garotos. Já os conhecia de algumas brigas que havia visto no ano anterior, aquele tipo de garoto que se contenta em vez a tristeza e desespero de outras pessoas.
                Não sabia ao certo o que estava acontecendo, mas fui correndo ao local onde a menina se encontrava.


Capítulo 2


                Nunca fui muito bom em lutas, mas mesmo assim, senti necessidade de ir ajudar a garota.
                -Parem - gritei com uma voz séria.
                -Qual é, estamos apenas nos divertindo, não vejo problema algum nisso, deixe-nos em paz com nosso brinquedinho - disse um dos garotos.
                - Não estou perguntando se estão se divertindo ou não, disse apenas para saírem daqui, será melhor para todos.
                - O garotão do basquete agora está querendo encarar é?! Pensei que estivesse preocupado apenas com seu jogo bobo.
                Aquilo me deixou extremamente irritado, nunca havia me visto com tanto ódio, não me contive e parti para cima deles, idiota eu, claro, afinal, eram três contra um, onde eu logicamente perderia.
                Vendo que a vitória logicamente estaria ganha, ou até mesmo por dó, os garotos não me machucaram tanto, e foram embora, me deixando ali, um pouco machucado e com uma garota que estava visivelmente apavorada. Olhei para ela e seus grandes olhos azuis estavam cheios de lágrimas.
                -Ei, você está bem? - perguntei preocupado.
                -Obrigada - ela respondeu e agora, chorando mais ainda, como se alguém tivesse arrancado o brinquedo favorito de uma criança. Suas lágrimas não paravam, pareciam cachoeiras sem fim.
                Senti uma necessidade absurda e estranha de abraçar aquela garota, e não me contive.
                -Ei, vai passar, calma, eles já se foram, fizeram algo com você?
                -Não, eles apenas... Começaram a mexer comigo, passaram a mão em meu cabelo, me elogiar, eu fiquei com tanto medo, se... Se não fosse por você, eu não sei o que...
                Senti seus braços me apertarem fortemente, como uma criança aperta sua mãe quando sente medo, sentindo-se assim, mais confiante.
                -Não precisa mais se preocupar com isso, o pior já passou - disse ainda abraçando-a bem forte.
                -Obrigada por... Salvar-me.
                Ficamos mais um tempinho assim e depois, a soltei e olhei em seus olhos, eles me prendiam de uma forma incrível, é como se eu me perdesse dentro de um oceano por alguns minutos, sem pensar em nada, apenas ficava preso àquele olhar e nada estivesse em minha volta.


Capítulo 3


                No dia seguinte, fiz como de costume, acordei, troquei-me e rapidamente comi algo. Não tinha muito tempo afinal, como havia treinado até tarde no dia anterior, acabei acordando como sempre, em cima da hora de ir para a escola.
                Chegando lá, vi novamente a menina que havia salvado no dia anterior. Não sabia nem ao menos seu nome, mas ela mexia comigo de uma maneira diferente, só não sei se isso era uma coisa boa ou ruim.
                O sinal tocou e todos entraram para as salas, alguns mais empolgados, e outros como eu, sem ânimo nenhum para qualquer aula que viesse ter. Estava apenas no segundo dia de minhas aulas e o tédio já tomava conta de mim, meus pensamentos estavam apenas no campeonato de basquete da escola. Lá, seria a minha chance de mostrar minha capacidade para técnicos de times profissionais.
                Acho que isso era o único motivo por eu continuar naquela escola, no qual todos valorizavam apenas a beleza e popularidade dos outros.
      O basquete era a minha única paixão, era só nisso que eu conseguia pensar. Bom, era isso que eu achava que estava acontecendo. Como todos nós sabemos, a vida nos prepara surpresas, muitas vezes boa, outras vezes, surpresas ruins. Só sei que não podemos fugir do nosso destino, do que já está escrito...
                Sentei-me como sempre em uma das últimas carteiras, com meus amigos em carteiras ao lado da minha. Fiquei parado, olhando fixamente a lousa que até agora, não havia sido riscada pelo professor de sociologia que iniciaria a aula do dia. Nela, conseguia imaginar o técnico do TBA, o time de basquete que mais admirava, falando comigo, meu rosto era de uma felicidade incalculável. “Preciso dar o meu melhor nesse jogo” – Pensei em voz alta.
                Logo em seguida, ouvi o professor chamando por meu nome.
                -Presente – respondi sem vontade alguma.
                -Pelo visto estava sonhando alto Ben acho que deveria parar de ficar com a cabeça na lua e se focar mais nos estudos esse ano.
                Comentário inútil este, revirei os olhos e abri meu estojo.
                Chamada feita, o professor se levanta e procura por alguém. Pelo visto, não estava a encontrando, resolve chamar seu nome e para a minha surpresa...


Capítulo 4
                -Amanda?          
Vi uma mão se levantar em meio aos alunos que se sentavam na frente. Era ela, então ela era Amanda, a menina que eu havia salvado no dia anterior, a garota dos olhos azuis.              

   -Bom classe, esta é a mais nova amiga de vocês, Amanda. Ela morava na Califórnia, e há pouco tempo se mudou para a cidade, tenho certeza que vocês se darão muito bem.A classe a cumprimentou dizendo um olá em coro, eu ainda estava com os olhos fixos nela, queria saber qual havia sido o motivo de ela não ter entrado na sala de aula do dia anterior.              
  O professor, de sociologia, deu inicio a aula, ele começou a explicar algo, que eu realmente não tinha ideia do que se tratava, meus pensamentos estavam voltados a ela... Amanda.             
   - Ei Ben, oooi, acorda. – disse Maycão.              
  - Ah, desculpe, estava pensando em algo.             
   - Percebi, estou a meia hora te chamando, vamos, bateu o sinal, intervalo.         
- Ah, sério? – disse atordoado.               
 Agora eu via, todo mundo já havia saído, menos eu, Maycão, Mike e... Amanda. Ela não parecia estar querendo sair de lá.             
   - Ei pessoal, vão indo na frente, eu alcanço vocês depois. – eu disse a eles.      
          - Tá, então vamos indo na frente, né Mike? – disse Maycão prendendo seu braço em volta do pescoço do amigo.  
              Agora estávamos a sós, eu e Amanda.

Capítulo 5 

                - É... Amanda, oi – disse         

       Ela olhou para trás, para ver de quem era a voz.         
       - Oh, você! – disse ela chocada e ao mesmo tempo... feliz, será?       
          - Sim, coincidências, enfim acontecem, né?       
         - Nossa, Ual, realmente, estou surpresa.           
     - Por que você está aqui dentro? Por que não foi lá fora, com todo mundo?         
       - Ah, não acho que seria uma boa Idea, ficaria sozinha lá, é melhor ficar aqui dentro mesmo.       
         -Entendi. Então vou ficar te fazendo companhia hoje.      
          - Obrigada... – ela falou com um ar de que era para eu completar.   
             - Ben. – Eu lhe informei.             
   - Oh, então você é o Ben, de que todo mundo fala, sério, desde que cheguei aqui só ouço falarem de Ben.             
   Dei um risinho.         
       - É, pelo visto sou eu.
                Era surpreendente, como era bom falar com ela, era tão natural.          
      Ficamos conversando o intervalo todo, descobri varias coisas à seu respeito. Tinha mudado-se da Califórnia, porque seu pai tinha sido transferido para cá, por sua empresa. Sua cor favorita era azul. Amava
 sua família. Era um pouco tímida e muito inteligente. Odiava, assim como eu, as aulas de biologia, e amava as aulas de matemática e de educação-física, ela era uma menina exemplar, no meu ponto de vista.      
          O sinal finalmente tocou. E em questão de segundos aconteceu...     
           Seu estojo caiu no chão e espalhou tudo que havia lá dentro, eu desci ao chão para apanhá-lo e ela de cima da cadeira tentou ajudar, mas sua cadeira virou, e ela caiu... em cima de mim.     
Amanda agora estava deitada sobre mim, quando a sala começou a encher.

Capítulo 6


                O professor estava anotando algo no quadro que não parei para ler, estava prestando atenção na sala, parecia que todos estavam cochichando sobre o acontecimento, a grande maioria viu Amanda em cima 

de mim.         
       “que constrangedor” – pensei.     
           Mas pensar naquele momento fazia meu coração bater mais forte, porque acontecia isso?     
           As aulas foram passando, nós não voltamos mais a se falar naquele dia, e assim deu-se o sinal.              
  Como sempre, me despedi de todos e me encaminhei à quadra, hoje teria treino de basquete para o grande campeonato que acontecia em 4 semanas, teria de trabalhar duro para os olheiros de times famosos me notarem.
~ ” ~             
   O treino foi longo e cansativo, fui caminhando para casa.    
            Tomei um banho quente e fui fazer meus deveres, eu e minha família nos encaminhamos à mesa para o jantar, após comer fui para meu quarto e assisti um pouco de TV, mas estava muito cansado, devido ao treino.             
   Desliguei-a e tentei, inutilmente dormir, mas meus pensamentos foram tomados por Amanda.
                Na minha mente só havia Amanda, Amanda e Amanda.



Capítulo 7 


                Acordei disposto, alguma coisa, que eu no fundo sabia o que era, me estimulava a ir para escola.                

 Como de costume fui tomar meu banho, me troquei e desci as escadas, comi rapidamente  um 
bolo de chocolate e bebi um pouco de coca-cola, desejei um bom dia à minha mãe e a minha irmãzinha e fui para a escola.           
     Finalmente era sexta-feira, apenas três dias de aula e elas já estavam me dando dor de cabeça.         
       No caminho encontrei ela, a garota que dominava meus pensamentos, Amanda.   
             - Oi – disse sutilmente.               
 - Ah, oi Ben, tudo bem? – disse ela rindo, com o trocadilho que fizera com meu nome, ela ria de forma magia, mostrando aqueles dentes perfeitos.       
         - Tudo e com você?           
     - Também.            
    Fomos conversando e caminhando até a escola.     
           Chegando lá, foi como a chegada de um astro na escola, estava todo mundo olhando para nós.      
          “o que aquela novata esta fazendo com Ben?” – ouvi uma menina dizer.   
             Parecia que todos estavam comentando o fato de eu estar andando com ela, eu nem liguei, olhei
 para Amanda e vi que ela estava corando. Sorri com isso.    
            - E ai Ben? – disse Maycão, amigo de todas as horas. – Ah, você é a Amanda né? A garota nova, prazer sou Maycão. – continuou ele, agora voltado à Amanda.     
           De certa forma isso pareceu ter quebrado um pouco o clima, as pessoas pareciam ter se dispersado... Mas, não completamente.                
Primeira aula de hoje, Artes, eu gostava dessa matéria. Após a chamada, a professora disse que haveria um trabalho, que teríamos que realizar em duplas, para a próxima semana.          
      Após ouvir a dona Agnes dizer isso a sala entrou em um alvoroço, todo mundo já estava formando as duplas para o tal trabalho, e vendo que perderia bastante tempo se deixasse que isso procedesse disse:        
        - Eu que escolherei as duplas – disse ela, acabando com as expectativas de todos.           
    Algumas pessoas gostaram, pois provavelmente seriam aquelas excluídas em que ninguém pede para ser dupla, mas a maioria da classe reclamou.       
         - Vamos lá pessoal, não adianta questionar, e vai ser melhor para acabar um pouco com essas ''panelinhas", para não parecer injusto com ninguém vou separar em ordem de chamada:  Ana Beatriz, você irá fazer com a Ana Clara; André com Andrea; Amanda e Ben; Bernardo e Carla; Carlos e Diogo [...]                Ouvi meu nome e o da Amanda juntos, seria isso mesmo eu iria ter que fazer esse trabalho com aquela menina? Mais uma vez junto a Amanda, me perguntava agora, se seria o destino?             
     Algo em mim começou a realmente se interessar por esse trabalho...


Ainda faltam muitos capítulos gente, mas ainda não estão escritos. Aguardem um pouco e em breve eu postarei aqui. Beijos, e obrigada a quem ler, comentem e digam o que achou, sugestões, críticas e (elogios) são bem aceitos. haha

Xoxo, V.



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